represa alastrando fim.
tudo que parecia não caber mais no peito
hoje encontra seu lugar:
descansa, reina e faz morada.
mais à frente, no canto,
- sem espaço para guardar segredos –
o som do alaúde brinca de ser majestade.
ao seu poder, tudo se desvela às horas.
com o desejo de querer esperar pelo agora,
mesmo sabendo que o tempo de outrora
sempre quis ir embora,
sinto inveja de cada humana folha
- ainda que extremamente verde -
que se desprende de algum tipo de caule ou raiz
assim que sente o silêncio que habita em si
gritar em notas agudas e tons de dó
que já é tempo de partir.
só eu teimo em permanecer por aqui.
porque, ainda que seja demasiadamente tarde,
sei,
em mim, que sempre cedo.
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