Blog destinado à publicação de textos que eu escrevo. Sem qualquer pretensão poética, os fragmentos aqui apresentados são reflexos de momentos simples, tristes, felizes e/ou solitários. São só meus os sentimentos aqui expostos. E seus também.
domingo, 31 de maio de 2015
do outro lado
os passos meus
passam
no paço
morada que é sua
mas só do lado de fora
porque dentro
nada é meu
nem seu
e é nesse espaço
que minha cabana faço
esperando seu aço
brincar com o meu breu
quando for meu peito
inteiro o que eu tiver para lhe dar
e se for de interesse seu
eu me desfaço
rasgo-me
em tantos quantos forem os pedaços
e os deixo
todos
do outro lado
ainda que não seja seu.
luzes tuas
luzes tuas
que são duas
quase nuas
no meio da rua
uma e uma
e eu quase no meio.
luzes tuas
que se insinuam
rebrilham
sambam
e mesmo cruas sobrepujam
a canção que nina a lua.
que são duas
quase nuas
no meio da rua
uma e uma
e eu quase no meio.
luzes tuas
que se insinuam
rebrilham
sambam
e mesmo cruas sobrepujam
a canção que nina a lua.
somente
só
mente
sol.
minto, sol.
mente, mente.
mente só.
somente
mente
in
só
lene
mente
minto
só
quando é
verdade.
mente
sol.
minto, sol.
mente, mente.
mente só.
somente
mente
in
só
lene
mente
minto
só
quando é
verdade.
vício
vi, sim
estava lá
não peguei
guardei tudo que pude
nas retinas.
sim, vi
deixei que se fosse
trouxe comigo apenas o que pude.
não há espaço mais em mim
para habitar o que escapa de ti
ainda assim
estou vazio de si
porque sempre falta um dó
para acompanhar o meu mi.
estava lá
não peguei
guardei tudo que pude
nas retinas.
sim, vi
deixei que se fosse
trouxe comigo apenas o que pude.
não há espaço mais em mim
para habitar o que escapa de ti
ainda assim
estou vazio de si
porque sempre falta um dó
para acompanhar o meu mi.
daqui
é essa voz que me procura
que se esconde
e não me acolhe
que anda por onde eu não posso ir.
é essa voz que eu achei
que fosse irmã do meu silêncio
que esquenta o pingo de paz
e teima em querer existir.
é essa
a voz
que vai e volta
que foge e torna
e toma
o meu elixir
e que não some
daqui.
que se esconde
e não me acolhe
que anda por onde eu não posso ir.
é essa voz que eu achei
que fosse irmã do meu silêncio
que esquenta o pingo de paz
e teima em querer existir.
é essa
a voz
que vai e volta
que foge e torna
e toma
o meu elixir
e que não some
daqui.
páginas
e as letras
já cansadas
debatem-se
entre si
procurando
o outro
lado.
a moça
sozinha na calçada
cantarola
desejando
ser pássara.
as páginas
quando em branco
sentem-se nuas
como duas luas
sentem-se suas
no céu que está por vi.
já cansadas
debatem-se
entre si
procurando
o outro
lado.
a moça
sozinha na calçada
cantarola
desejando
ser pássara.
as páginas
quando em branco
sentem-se nuas
como duas luas
sentem-se suas
no céu que está por vi.
sereia teu
palhas de coqueiros nas ilhas das flores.
a senhora da dança
encanta com seus pares
e dança
como se não
houvesse mais outro ontem.
dos galhos secos
fiz sombras
que guardam meus pensamentos
dos pingos de esquecimento.
sereia teu
quando não houver
mais ondas
nos teus lamentos.
a senhora da dança
encanta com seus pares
e dança
como se não
houvesse mais outro ontem.
dos galhos secos
fiz sombras
que guardam meus pensamentos
dos pingos de esquecimento.
sereia teu
quando não houver
mais ondas
nos teus lamentos.
mares meus
dos mares pelos quais já naveguei
perdi-me em todos
afoguei-me em alguns
recordo-me de outros
sinto falta de vários.
doce seu encanto
sal no meu canto
canções de outono
no entorno de mim.
perdi-me em todos
afoguei-me em alguns
recordo-me de outros
sinto falta de vários.
doce seu encanto
sal no meu canto
canções de outono
no entorno de mim.
Assinar:
Postagens (Atom)