disse adeus à vida
sem medo de qualquer gota de solidão:
porque a dor já se fazia enraizada
em cada palmo de pele
no intervalo entre o mínimo sinal de sorriso
e a lágrima que habitava
- desde muito sempre -
os olhos de lua minguante.
a alma, que se vestia de todas as cores,
entendia, agora, que de modo indiferente
o carnaval terminaria com cinzas.
e procurou no pó
tons para enfeitar
o corpo que já sabia estar só.
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