da janela daquele moderno trem
é possível ver nada ou tão somente
rostos tristes, perdidos e solitários
que, a mim, se parecem com ninguém.
paisagens que os olhos registram
e que vão sendo deixadas para traz:
desoladoras, tais qual a forma do abraço de adeus
ou petrificadas, como a dor dos que ficam,
dizem tudo que cabe no registro que a retina
capta em questão de frações de segundo.
e toda a dor que brota do centro do universo
deságua no fio de água que apaga a lamparina,
inunda a cidade, o pequeno vilarejo, o mundo.
a solidão tem cores que, às vezes, desconheço.
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