há espaço demais
entre o sofá e a cortina
mas sempre cabe você
na ponta da cega lâmina
na lã da fria lamparina
que clareia a flor da minha varanda
não há um canto sequer
que acolha seus pés
mas sempre permito que você
brinque nas ondas que não me desaminam
na folha em branco sem tinta por cima
no chão que calça seu molde
terraço por onde só seu jeito anda
com canto
com encanto
com melodia e com fantasia
seu canto
nosso canto
ainda que sem canto e sem lugar por perto
há sempre um peito aqui
esperando outro peito vir
colorir esse lugar com afeto
E com açúcar...
ResponderExcluirOu mel puro de abelha, Emmanuel! kkkk
ResponderExcluir