segunda-feira, 6 de junho de 2016

entre maio e junho

impossível
de passarem desapercebidas
a alegria e a tristeza
de tudo que vai embora
de tudo que chega
com essas águas que caem agora, menina.


dormir indiferente
não aguentar a dor de dente
que vem com o frio
frio que deixa parte do corpo dormente
e que de ausência geme, chora de saudade,
silenciosamente, a alma
a angústia do arrepio.


chove perfume sempre
entre os meses de maio e junho.
luz que vem do céu
para colorir nosso jardim
e todas as flores de plásticos morrem de inveja.


e quem quer ser eternamente enfeite para jarros e corredores?
e quem quer ser eternamente enfeite que não acompanha andores?
e quem quer ser eternamente enfeite?
e quem quer ser eterno, mente? 

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