quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

pálido

perdido
sem voz
nem vez

na minha solidão
escuto o meu tempo que se vai
dizendo adeus
sem acenar a mão

se é noite ou dia
o espelho já não tem certeza:

diz apenas o que sente
francamente
sem reluzir o que espera chegar

sai de cena até eu não mais enxergar
os olhos que me veem
diante da lâmpada pálida, desflorescente.

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