perdido
sem voz
nem vez
só
na minha solidão
escuto o meu tempo que se vai
dizendo adeus
sem acenar a mão
se é noite ou dia
o espelho já não tem certeza:
diz apenas o que sente
francamente
sem reluzir o que espera chegar
sai de cena até eu não mais enxergar
os olhos que me veem
diante da lâmpada pálida, desflorescente.
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