sexta-feira, 11 de setembro de 2015

sem re-verso

a pé
de caminhão
nos braços de um sonho
nas mãos das ondas em contramão

a fé
que não pede café
para poder ficar acordada até
de manhã não

desmaia
no sofá

pois sabe
que seja água de rio
de cacimba
ou de maré

morrer afogado
é
no fundo
no fundo
no fundo

o fundo
não sentir
qualquer que seja o pé

e antes de ser pássaro e conseguir nadar
o mundo todo reflete em cada olhar
o que já foi
o que não virá a ser
e o que já é:

você
indo
embora
sem tempo
para dar
marcha a ré.

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